terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PESSOAS DISTRAÍDAS SÃO MAIS CRIATIVAS...

PESSOAS DISTRAÍDAS SÃO MAIS CRIATIVAS

Quem diria: se distrair pode ser a melhor maneira de resolver um problema difícil de forma criativa.

“Distração” costumava ter uma conotação negativa em estudos médicos; por exemplo, pesquisas que mostram o maior risco de causar um acidente de carro ao se distrair falando ao celular.

Mas trabalhos recentes têm demonstrado que a distração está vinculada à criatividade, especialmente na hora de resolver problemas complexos.
Só que até certo ponto: em excesso, distração combina com esquizofrenia -um distúrbio psíquico que pode incluir alucinações, delírios e fuga da realidade.

Como a distração ajuda a ser criativo e produzir soluções? Para muita gente, a prática de “dar um tempo”, “fazer uma pausa no trabalho”, costuma fazer a resposta para um problema surgir de repente, como mágica.

É só assistir ao seriado “House” (Universal) para entender como funciona.
O médico Gregory House e sua equipe são escalados para diagnosticar e tratar apenas os casos mais cabeludos.

O enredo tem uma fórmula básica. Eles passam três quartos do programa raciocinando logicamente sobre sintomas, tratamentos e causas de doenças.
Mas só no fim do episódio, quando House se distrai ou tem a atenção chamada para algo bizarro, que uma resposta “clica” no seu cérebro.

EVOLUÇÃO
Ignorar estímulos irrelevantes ao nosso redor é uma conquista da evolução biológica. Um animal que presta atenção a tudo e caminha pelos prados distraído acaba não percebendo o predador até que seja tarde demais.

Essa capacidade de abstrair o ruído inútil é chamada de inibição latente.
Esquizofrênicos têm inibição latente muito reduzida; prestam atenção a tudo, e por isso, paradoxalmente, fogem da realidade. Mas esse traço também caracteriza pessoas saudáveis e altamente criativas.

Um estudo feito pela equipe de Fredrik Ullén, do Instituto Karolinska, da Suécia, publicado na revista científica “PLoS One”, apontou que os cérebros dos esquizofrênicos e o dos criativos têm um sistema semelhante do neurotransmissor dopamina.

Produzida em várias partes do cérebro, a dopamina tem funções na transmissão do impulso elétrico entre as células nervosas, notadamente na cognição, motivação e nos mecanismos de punição e recompensa.

“A teoria da dopamina e esquizofrenia vê o distúrbio como uma forma extrema de criatividade”, diz Adam Galinsky, da Escola Kellogg de Administração da Universidade Northwestern, EUA.

O pesquisador explica que a dopamina tende a alterar processos cognitivos, de modo que as associações são mais soltas e as categorias conceituais são ampliadas.

“Isso pode facilitar a criatividade, mas também levar a padrões de pensamento desorganizados e anomalias de percepção.”

Galinsky e colegas fizeram testes de associação com 94 voluntários que tinham que identificar uma quarta palavra vinculada a três outras.

Alguns passavam por distrações, outros não. Os distraídos identificaram sequências de letras como palavras válidas mais rápido.

O estudo foi publicado na revista “Psychological Science” e afirma que o processo de solução de problemas inclui tanto a distração quanto um período de pensamento consciente, sem o qual o problema não tem como ser racionalmente resolvido.

RADAR
Estudos feitos com universitários nos EUA e no Canadá pela equipe de Shelley H. Carson, do Departamento de Psicologia de Harvard, mostraram que aqueles que se distraem facilmente, com o “radar ligado” para tudo em torno, são mais criativos: os mais criativos tinham sete vezes menos inibição latente.

O estudo original, publicado em 2003, foi replicado depois. “Dois outros laboratórios testaram a baixa inibição latente e descobriam que está associada com criatividade. Nós também estamos continuando os testes”, afirma Carson.

“Há um corpo substancial de pesquisa que indica que a esquizofrenia está associada com inibição latente baixa e também com deficits na memória de trabalho”, continua o pesquisador.

Para Carson, comentando o estudo de Galinsky, a pessoa criativa é capaz de permitir, temporariamente, que o excesso de distrações seja canalizado em percepção consciente, para fazer conexões entre os estímulos.

“Mas a pessoa tem a capacidade de alternar entre estados do cérebro para exercitar maior controle cognitivo e realmente formular e acessar essas conexões”, afirma o pesquisador.

domingo, 2 de janeiro de 2011

ESSÊNCIA

A existência precede e governa a essência. Durante a nossa existência, à medida que experimentamos novas vivências redefinimos nosso pensamento, adquirimos novos conhecimentos a respeito da nossa essência.

Nossa essência se aperfeiçoa a cada dia, assim como nosso caráter. A cada dia descobrimos um pouco mais do “país” desconhecido que somos nós. Exploramos nossas terras e mares à todo tempo e quanto mais procuramos, mais descobrimos que somos um mistério, quando achamos que nos descobrimos por inteiro, vemos que ainda a muito a ser desvendado.

Descobrimos que se apaixonar é inevitável.

Descobrimos que se esconder não nos livra da culpa.

Descobrimos que não precisamos ser os perfeitos, Deus não nos cobra isso!

Descobrimos que o simples impressiona muito mais que o luxo.

Descobrimos que amar que nos ama é melhor que amar a quem queremos.

No resumo disso tudo, entendo que a essência é o inicio, é ser quem somos, é não ter medo do que somos, é não desistir mudar, mais ao mesmo tempo não se frustrar pela demora da mudança. “DE GLÓRIA EM GLÓRIA SOMOS TRANFORMADOS”

Essência é começar do inicio, não do lugar onde outros estão terminando, mas, tudo isso é para refletirmos a respeito do que somos. Será que somos o que realmente somos, sem medo de decepcionar.

Voltemos à essência, ao inicio, ao que realmente somos para construirmos um caráter verdadeiro e sincero diante de Deus.

Não deixar de ser o que somos por orgulho é idiotice, mas, mudar porque entendemos o que somos é sabedoria que excede todo entendimento...

Underground de volta a ESSEÊNCIA!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Saga de Um Anjo nas Ruas




A Saga de Um Anjo nas Ruas

Sentei em um banco de concreto na praça. Fiquei olhando a rua e me lembrei da cena que tinha visto semanas antes. Um carro encostando, uma das menores da cracolandia descendo arrumando o sutiã e um velho gordo com uma cara nojenta de satisfação. Ela… 13 anos de idade, extremamente comunicativa, bonita e muito simpática. Mas fingiu que não me viu quando passou. O ódio passou por todo meu corpo.
Infelizmente, cena comum nas ruas da Vila Rubim, região central de Vitória/ES.
Estou de volta a São Paulo e não consigo parar de pensar nas noites a dentro em conversas que marcaram minha vida pra sempre. Não consigo parar de pensar em A. e o nosso último triste episódio.
Tínhamos marcado de almoçar com ela na base, mas quando fomos busca-la debaixo da ponte onde normalmente ficava, não conseguia parar em pé. Estava há tantos dias sem dormir por causa do crack que o cerébro estava apagando. Estava com uma marmitex na mão e comia como um bixo, sem a menor noção do que estava fazendo. Não nos reconheceu. Ajudamos ela a comer para que não engasgasse, arrumamos um papelão limpo, deitamos ela e ficamos olhando com lágrima nos olhos ela dormir quase que imediatamente. Sabia que ela acordaria somente no outro dia.
Ficamos um mês no prático em Recife, que graças a ajuda de muitos amigos e desconhecidos, pude estar presente. Voltei muito animado e extremamente cansado. Estávamos há uns 15 dias da formatura.
Uma semana antes resolvemos, Lucas, Lili, Vinicius (um amigo de SP fundador da ONG Nossa Pátria que trabalha com crianças em comunidades carentes) e eu ir procurar por A., já que tínhamos ficado mais de um mês sem vê-la. Rodamos toda a região e os “picos” já bem conhecidos por nós, mas nada de acha-la. Ficamos extremamente tristes pelo fato de duas amigas nossas (mãe e filha) terem sido presas por tráfico. A mãe tinha sido liberada dias antes da cadeia e não durou muito nas ruas. É uma constatação dura, mas quem anda nas ruas de Vitória sabe que CRACK É COISA DE FAMÍLIA.
Já estávamos voltando embora quando olho em uma esquina e quem eu vejo parada? A. ficou nos olhando alguns segundos, reconheceu e veio nos abraçar. Aquela era a PRIMEIRA VEZ em que conversávamos com ela plenamente lúcida. Sem nada de crack. Estava mais magra. Mas continuava bonita. Comunicativa. Cheia de vida. Comentamos do episódio do almoço, mas naturalmente nem lembrava de nada. Perguntamos como estava e nos respondeu: “Não aguento mais isso aqui. Esse lugar ta acabando comigo. Não aguento mais a Ilha (do Principe, bairro vizinho a Vila Rubim). Quero sumir daqui pra qualquer lugar”. Perguntamos sobre sua família e pela primeira vez ela não havia fugido da conversa.
Dias antes, em um devocional, estávamos conversando sobre como poder ajudá-la de forma objetiva. Infelizmente as leis brasileiras não colaboram muito para tirar crianças da rua. Muita complicação. Muita burocracia. Decidimos que iríamos procurar sua família e de alguma forma tentar assumir a tutela dela para poder encaminha-la, se quisesse. Mas ela nunca falava sobre a família. Sempre ficava taciturna quando perguntávamos alguma coisa. Mas dessa vez estava sendo diferente. Dissemos que tentaríamos de tudo para tira-la de lá, mas que precisávamos conhecer sua família e explicamos todas as implicações disso. Logo se prontificou a nos levar lá.
Nos contou que já tinha sido internada várias vezes, mas sempre fugia. Falou sobre algo que é bem real “Meu problema não é o Crack. Consigo ficar sem ele. Meu vício é a rua e isso está acabando comigo”.
Bom, conhecíamos vários canais para conseguir uma boa clínica. Pessoas compromissadas que poderíam ajuda-la. Dissemos que iriamos tentar providenciar tudo, mas ela teria que se comprometer em não fugir. Que a visitaríamos sempre, nem que fizessemos uma escala semana pra estar com ela. Mas ela logo jogou “Quero ver vocês cumprirem. A última vez que me disseram isso, a pessoa me deu tudo de bom. Foi me ver um final de semana e nunca mais voltou. Fiquei puta e fugi”.
Era uma responsabilidade e tanto que estávamos assumindo. Não se tratava de conseguir os recursos e tudo mais. Se tratava de relacionamento. Relações humanas que todos nós precisamos. E esse era um dos principais pontos na vida de A. Falta de relacionamentos saudáveis, verdadeiros e duradouros.
Convidamos ela para jantar conosco, mas não aceitou. Brinquei perguntando se ela estava com a agenda lotada de compromissos – ”Meu unico compromisso é com Deus, apesar de tudo”. Olhei para uma de suas várias tattoos de cadeia escrito “Jesus” na mão. Chamamos ela para nossa formatura e disse que iria sim. Marcamos de buscá-la na sexta-feira por volta das 14:00. Nos despedimos e voltamos para base extremamente animados e cheio de planos. Queríamos que se sentisse em família na nossa formatura. Precisávamos fazer alguns contatos para poder ajuda-la.
Um dia antes da formatura Lucas, Lili e mais alguém que não lembro agora foram procura-la para ver se estava tudo bem e se ela não havia esquecido do compromisso. Depois de algumas horas, voltaram apreensivos. Me disseram que estava com uns caras mais velho, que ela os viu, mas fingiu que não conhecia. Eles ficaram por perto para ver o que estava acontecendo. A. passou por eles e nem olhou de lado, como se tivesse os protegendo ou escondendo algo.
Não podíamos aceitar que não daria certo de novo dela passar o dia com a gente. Oramos e esperamos pela sexta-feira.
Estávamos todos na correria com as coisas da formatura. Fiquei boa parte da tarde editando um video. E novamente saiu Lucas e mais uma galera para buscar A. para passar a tarde na base e ficar para a formatura a noite.
Quando voltou, me olhou e disse “Ela caiu ontem. 157*…”. Os caras estranhos que estavam com ela foram todos presos acusados de formação de quadrilha e aliciamento de menor, no caso, de A.
Meu coração ficou pesado. Eu não sabia o que dizer. Sentado no sofá… e mais uma batalha perdida. Pelo que ficamos sabendo, ela ficaria, no mínimo 45 dias presa e depois, só Deus sabe.
A formatura rolou. O video deu pau. Passei boa parte da madrugada arrumando minha mala e de manhã peguei um avião para casa.
E aqui estou eu, três semanas depois pensando muito em como está A. Se Deus quiser, estarei em Vitória novamente em Outubro. Já na primeira semana pretendo juntar a galera pra procurar saber sobre ela. Não acredito ser esse o final da história.Quero saber como está J. também, pois nunca mais o encontrei.
A única coisa que eu gostaria de cada de vocês que leram esse texto até o final é uma oração. Sobre o que? Deixa fluir do seu coração.
E no mais, que não nos permitamos ficar alheios a verdadeira realidade desse mundo e a nossa missão e obrigação de redenção dele através da mensagem da Cruz e de nossa disposição em servir.
“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Provérbios 31:8,9


Material extraido de http://rodsilva.wordpress.com/

domingo, 21 de novembro de 2010

“Não Existe Uma Igreja Assim…”

“Não Existe Uma Igreja Assim…”

Meu amigo Tony Campolo [...] se encontrava em um local que tinha um fuso horário bem diferente e não conseguia dormir. Então, bem depois da meia-noite saiu perambulando até chegar a uma confeitaria. Algumas prostitutas locais também ali entraram no meio da madrugada, depois de suas atividades habituais. Lá ele não pôde evitar de ouvir uma conversa entre duas delas. Uma, chamada Agnes, disse à outra: “Sabe de uma coisa? Amanhã é meu aniversário. Vou fazer 39 anos. [...] Nunca tive uma festa de aniversário em toda minha vida [...].

Quando saíram, Tony teve uma idéia. Perguntou ao proprietário da confeitaria se Agnes ia lá todas as noites, e, quando ele disse que sim, convidou-o a participar de uma conspiração para organizar uma festa surpresa. Até a esposa do proprietário se envolveu. Juntos, arrumaram um bolo, velas de aniversário e decoração para que festejassem com Agnes, que para Tony não passava de uma completa estranha. Na noite seguinte, quando ela entrou, todos gritaram: “Surpresa! Surpresa!” – e Agnes não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Os fregueses da confeitaria cantaram e ela começou a chorar tanto que mal conseguiu soprar as velinhas. [...] Em seguida, ela saiu carregando seu bolo como se fosse um tesouro.

Tony conduziu os convidados em um momento de oração por Agnes e o proprietário da loja disse que não fazia a menor idéia de que Tony fosse um pregador e pastor. E então perguntou a Tony de que tipo de igreja ele era. Tony respondeu que era de uma igreja em que se dão festas de aniversário para prostitutas às 3:30 horas da madrugada. O homem não podia acreditar. “Não, isso não é possível. Não existe uma igreja assim. Se existisse, eu me juntaria a ela. É, com certeza eu faria parte de uma igreja desse tipo”.

Extraído do Livro A Mensagem secreta de Jesus, de Brian McLaren

terça-feira, 16 de novembro de 2010

BATISMO DA GALAERA UNDERGROUND

VIDEO DO 1º CULTO DA MACRO...

Convertido ou Convencido

Convertido ou convencido

Muitas pessoas diziam professar a fé cristã e freqüentavam cultos, participavam de pequenas reuniões, como células, grupos de estudo bíblicos ou oração, escola dominical e grupos de jovens ou adolescentes, mas que hoje não estão mais vivendo este contexto. Quem não tem um amigo ou colega de igreja que está desviado? Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Esse era da igreja...” Quantos adolescentes “crentes” se desviaram do caminho do Senhor? Porque tem tanta gente que está há tanto tempo dentro da igreja e não muda? Ou porque que o caráter não muda? Onde estão os que se dizem convertidos?

Depois de pensar e viver muito tempo dentro da igreja e ler a Bíblia sobre a salvação cheguei à seguinte conclusão: dentro da igreja tem pessoas que são convertidas e outras estão convencidas de que são crentes (acham que são convertidas). Em Mateus 13:26, Jesus também fala sobre esses dois grupos. Ele deu o nome a essas pessoas de joio e trigo. “E quando o trigo cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio” (RA).

Quero destacar aqui o que a Bíblia mostra sobre o convencido e o convertido.

Convencido:

A primeira atitude na vida de um convencido é o remorso. Que é um sentimento de culpa, este não vem acompanhado de mudança. O melhor exemplo de remorso é de Caim (Genesis. 4:9-14). Ele ocorre quando nós mesmos, mental e moralmente enxergamos nossa culpa. O remorso faz a pessoa até mudar durante algum tempo. Ex.: Um casal cristão que namora na adolescência tem relação sexual , eles se sentem culpados, param durante um tempo, mas depois tudo volta como era antes. O remorso geralmente acontece com muitos adolescentes que dizem que não conseguem mudar na prática constante do seu pecado. A Bíblia diz que “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado, porque a divina semente permanece nele”. I João 3: 6, 9.

Outra característica a ser destacado no convencido, é as mudanças aparentes. Muitas pessoas decidem mudar e mudam. Ex.: Um adolescente é rebelde e enfrenta a mãe, vê que está errado e muda; outro que mexe com droga e bebida e larga o vicio. Todas essas mudanças não significam que o adolescente é convertido. O fato de alguém deixar de praticar algum mal e se tornar bom não tem nada a ver com a salvação. O único sinal de que um homem é salvo é o arrependimento. Há inúmeros casos de indivíduos que se transformaram sem a graça de Deus. Outro exemplo: Um adolescente que não professa a fé cristã vai num acampamento evangélico, lá ele faz amizades com pessoas que vivem de “verdade” a fé cristã e então por causa do convívio dos dias de acampamento ele acaba se comportando bem, mas apesar disso ele não converteu. Há muitos que estão dentro da igreja, que viveram a mesma história, obtiveram mudanças ou não, mas não são convertidos. Essa uma respostas para os porquê das constantes quedas e vexames que alguns “crentes” têm proporcionados.

Um ótimo exemplo de um grupo de pessoas convencidas que se preocupavam com a aparência eram os fariseus, escribas (doutores da lei). Jesus diz várias vezes que eles se preocupavam com exterior, mas o interior deles era vazio. (Mateus 23: 25 – 28). Existe uma galera de adolescentes assim também, que vive de aparências porque não quer perder amizades ou o status. Tem medo do que os pais falariam se soubessem da vida que levam fora da igreja, ou da maneira religiosa que levam o compromisso como um cristão. Estes aceitaram a Cristo como salvador, mas não como Senhor ou dono.

O convencido também acha que é convertido porque concorda com os princípios cristãos ensinados pelos pais e aprendido na igreja no período da infância ou adolescência. Porém não quer praticá-los O conhecimento e aprovação não são suficientes para ser um convertido. Não adianta ser um cristão que tem conhecimento da fé cristã, mas não pratica. Lendo a História do jovem Rico (Lucas 18: 18 a 23) percebo a semelhança que existe entre ele e alguns adolescentes e jovens que cresceram dentro da igreja. Eles são meros religiosos, vazios, sem nada. Estão convencidos que são salvos, mas de salvos não tem nada. O convencido conhece a religião, mas não conhece o Deus da religião. Tiago. 2:19.

A Bíblia diz o que acontecerá com o convencido. Existem vários textos que falam sobre o destino das pessoas que não são convertidas. Na parábola do Joio e o trigo (Mateus 13: 36 a 43), no texto do grande julgamento (Mateus 25: 35 – 46) e ainda em tantos outros textos da Bíblia mostram qual será o fim eterno do convencido. A separação eterna de Deus.

Convertido

Conversão ou novo nascimento significa “volta”, ela representa uma volta espiritual, voltar-se do pecado para Cristo. É aceitar a influencia de Deus em nossa vida e escolhas. Conversão é o ato de dar as costas para o pecado em arrependimento e voltar-se para Cristo em fé. A história de Nicodemos em João 3: 3 a 8 ilustra bem essa verdade.

Quero neste estudo destacar algumas características de um convertido:

Nova Natureza

Todo convertido tem algo característico nele que é a nova natureza. Mas o que é Nova Natureza? É a nova vida em Cristo, é uma nova maneira de pensar, é viver sob a influência de Deus em nossas escolhas. È ter o Espírito Santo habitando dentro de nós.

O convertido é normal, tem desejos, vontades e tentações, mas tem uma nova natureza dentro dele. O pecado, as tentações e os problemas continuam. Mas porque ele tem o Espírito Santo habitando dentro dele, que dá condições para dizer não para o pecado.

A dependência de Jesus para ser salvo. João 1:12.

Somos salvos por causa de Cristo, Ele nos salvou e nos aceitou. A salvação foi pela a graça de Deus, e não pelo nosso esforço em ser aceito, pois assim nunca conseguiríamos nada. Deus pela sua misericórdia nos “resgatou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor”. È por isso é que fomos salvos. Precisamos crer nesta verdade.

O arrependimento

É o aspecto prático da redenção. Trata-se de algo completamente diverso do remorso e de uma mudança aparente de vida. Arrepender implica em receber uma disposição totalmente nova que nos capacita a não viver mais na prática do pecado. O arrependimento é a única prova de que nascemos de novo. (Mateus. 3:8). Essa marca todo convertido tem. Quando você peca se arrepende.

O Arrependimento é um:

1- Entendimento intelectual (de que o pecado é errado);

2- Uma aprovação emocional dos ensinos das escrituras com relação ao pecado;

3- Decisão pessoal de afastar-se dele (renuncia ao pecado e uma decisão de abandoná-lo e levar uma vida de obediência a Cristo).

Um bom exemplo de um convertido é Zaqueu (Lucas. 19). Ele queria reparar o erro dele com as pessoas, ele iria acertar tudo com todos aqueles que ele roubou.

Fome e sede por Deus (conhecimento da palavra de Deus e intimidade com Deus) - João 14:21

Todo convertido tem fome e sede de Deus. Ele busca a Deus através da oração e leitura da palavra de Deus. Existem muitos adolescentes que não lêem a Bíblia e nem oram. Se dissermos que amamos a Deus e o reconhecemos como Senhor e Salvador uma ação natural é de buscarmos conhecê-lo mais e mais.

Evangelizar e discipular

Outra atitude de um convertido é o fato que ele tem prazer em evangelizar e discipular. Jesus disse aos seus discípulos: “ide e pregai o evangelho a toda criatura”. Quando uma criança ganha um presente, o que normalmente acontece? Além de brincar com o presente, ela quer contar e mostrar para todos o que ganhou. Assim é um convertido, ele anuncia o maior milagre da sua vida, a salvação em Cristo.

O convertido procura a cada dia ser mais santo.

Uma atitude natural de todo convertido é a santificação. O convertido procura a cada dia ser mais santo. II Co 3; 18, I Pedro 1:15. Alguém que se diz convertido não vive na prática do pecado.

Conclusão

Esta lição não tem o objetivo de acusar e nem ser usada para acusar. Mas através de uma reflexão da verdade bíblica levar você se identificar como um convertido ou convencido. Ninguém além de você poderá chegar a essa conclusão.

Para alguns, talvez eu possa ter sido muito duro nas minhas palavras. Mas a verdade é que tem muitos que se dizem convertidos, mas não são. E que passam anos dentro da igreja, mas não acontece nada.

Pense e peça a Deus para sondar seu coração e mostrar qual tem sido o caminho que você tem seguido.


Por Bruno Barcelar (Pastor da Rede de Adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha)

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